Arte que usa a palavra como forma de expressão!
Explosão de criações artísticas, literárias e científicas inspiradas na Antiguidade clássica greco-romana, por isso chamada Renascimento. Marca a Europa de 1330 a 1530 e tem como centro irradiador a Itália. O homem renascentista acredita que tudo se explica pela razão e pela ciência. Traço marcante do Renascimento, o humanismo tem por base o neoplatonismo, que exalta os valores humanos e dá nova dimensão ao homem. Choca-se, assim, com os dogmas e as proibições da Igreja Católica, critica o mundo medieval e enfrenta a Inquisição. A concentração de riqueza nas mãos de comerciantes e banqueiros faz com que burgueses, como os Medici de Florença, se tornem grandes mecenas. O movimento expande-se a partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e teatros em Roma, Florença, Nápoles, Paris e Londres.
O racionalismo e a preocupação com o homem e a natureza estimulam a pesquisa científica. O polonês Nicolau Copérnico fundamenta a tese do Sol como centro do Universo. O suíço Paracelso estuda as drogas medicinais. O médico inglês William Harvey revela o mecanismo completo da circulação sanguínea. O alemão Johannes Kepler aperfeiçoa o telescópio. O italiano Galileu Galilei desenvolve métodos científicos de análise e comprovação experimental. A pólvora começa a ser usada como arma de guerra. A imprensa de letras metálicas móveis é inventada por volta de 1440 pelo alemão Johann Gutenberg.
Também ocorrem mudanças nas artes. A perfeição, a humanização idealizada das formas e a proporção adequada passam a ser as bases da criação artística. Na pintura, a principal inovação são as técnicas de perspectiva, que permitem obter a ilusão de tridimensionalidade. O grande gênio do período é Leonardo da Vinci, autor de Mona Lisa, um dos quadros mais famosos do mundo, e A Última Ceia.
Na literatura e no teatro, as obras são escritas em língua nacional. As histórias têm os valores do cristianismo, mas usam metaforicamente personagens da mitologia greco-romana. Há a valorização do lirismo amoroso, dos grandes feitos do homem e a personificação da natureza. Alguns dos principais autores são os italianos Dante Alighieri e Nicolau Maquiavel, o português Luís de Camões e o inglês William Shakespeare, entre outros.