O JORNAL É UM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO EM QUE VÁRIOS TIPOS DE TEXTO PODEM COEXISTIR
A linguagem jornalística adota o padrão culto da linguagem sem, contudo, perder de vista o universo vocabular do leitor. Meio termo entre a linguagem literária e a falada, evita tanto as expressões rebuscadas, de difícil acesso, quanto os modismos, os lugares comuns, os termos coloquiais e a gíria.
Caracteriza-se por ser clara, direta, concisa, fácil e acessível a qualquer leitor. Exige o emprego do mínimo de palavras e o máximo de informação, correção, clareza e exatidão.
Para uma boa redação, convém fazer o emprego de:
frases breves - devem ser evitados os períodos longos, intercalações excessivas ou ordens inversas desnecessárias;
palavras curtas - por serem mais diretas, são captadas com maior rapidez; além disso economizam tempo e espaço;
vocabulário usual - termos de utilização corrente, porém dentro da norma culta;
estilo direto - elaborar frases cuja estrutura seja sujeito, verbo e complemento;
verbos vigorosos - usar verbos de ação, que dinamizam mais a frase e estimulam o leitor, dando preferência à voz ativa;
tom positivo - afirmações predominantemente não negativas.
Essas regras não são rígidas, devendo ser seguidas com sensatez e equilíbrio, a fim de se evitar a monotonia.
Os gêneros jornalísticos - a notícia, a reportagem, a entrevista, o editorial, a crônica jornalística, os classificados, a carta ao leitor, a propaganda - apoiam-se nas três modalidades mais comuns de composição de texto: a narração, a descrição e a dissertação. Elas podem estar presentes num mesmo gênero jornalístico, ou pode haver predominância de uma delas, dependendo do assunto abordado e dos objetivos a serem atingidos.
Assim, por exemplo, a narração predomina na notícia, pois seus componentes são o quê (o fato, a ação), quem (pessoa ou as pessoas envolvidas), quando (a época, o momento em que ocorreu o fato), onde (o lugar da ocorrência), como (o modo como se desenrolou o fato) e por quê (a causa, o motivo). A descrição contribui para o enriquecimento da matéria tratada.
Outro exemplo: a dissertação predomina no editorial, que expõe as opiniões do editor a respeito dos fatos; nesse caso, a narração e a descrição são subsidiárias.