Um Conto
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Sempre há um conto a mais!


A história mais antiga

Verossimilhança!

O conto é um gênero literário que possui narrativa curta e tem sua origem da necessidade humana de contar e ouvir histórias.

A verossimilhança possui o significado daquilo que é “provável”; um universo possível de ser realizado dentro de uma narrativa ficcional, dando ao leitor a ideia de que tais acontecimentos são perfeitamente possíveis no mundo real.


A história mais antiga


Houve um tempo em que os imortais andavam pela Terra. Havia céu e havia terra. A água já havia sido apartada de porção seca. A terra era bela e pura. Tudo o que se plantava nela, tinha vida. Um belo jardim se fez com plantas de todas as espécies. Árvores gigantescas e flores de diversos perfumes. Tudo era coletado pelo universo inteiro e agrupado ali conforme sua natureza.

A plantação crescia viçosa. Molhada e cuidada diariamente. O local era muito bem elaborado. O sol passava sempre no mesmo momento, aquecendo e iluminando tudo que ali havia. A Lua foi trazida e colocada naquela circulação de astros, para trazer equilíbrio às águas e regular ciclos constantes de plantas e animais, além de tornar regular as estações do ano. O cuidado precisava ser constante e isso encarregava a todos.

Pensaram então, criar animais para fazer o serviço necessário. Desta forma, para este jardim, muitos animais foram feitos e reunidos aos outros. Ali havia equilíbrio e harmonia entre vegetais e bichos.

Tudo estava perfeito e contentava aos eternos. Mas a eternidade era longa e fazia parecer que faltava algo naquele jardim. Algo que pudesse coordenar tudo; para que tudo andasse sozinho.

Foi dito então que fosse feito um bicho para reunir todos num só corpo e que nele habitasse o espírito da eternidade. Assim foi feito e deram-lhe o nome de Homem. Essa espécie proliferou sobre a imensidão da terra. Para que não se misturasse ainda, foram feitos montes e extensões de água, separando as raças. Porções de terra com verdes campos e florestas para cada raça criada. Diferiam entre eles por raras feições, como as plantas e os animais que ali habitavam.

Os eternos podiam passear pelo jardim sem preocupação. Tudo andava como planejado. Colhiam flores das plantas, frutos das árvores. Desfrutavam do frescor do vento e o perfume dos campos e matas.

As fêmeas dos homens eram belas e formosas. O quê provocou desejo nos eternos. Colheram algumas fêmeas para si. Com elas tiveram filhos. Essa mistura desagradou aos criadores. E o jardim foi abandonado.

Sempre há um conto a mais!

Um conto há mais

Osvaldo C. de S. Andrade