Sempre há um conto a mais!
CORONEL - (Na multidão) Cocho, cocho! Cocho, cocho!
PAI - (Entrando) É coroné Ramão que tá chegando! Mas é uma grande alegria tê vóis micê aqui conroné.
CORONEL - Oh, porqueira! Que voceis tão fazendo aí neste quintal?
PAI - Tô casando Florisbalda, coroné.
CORONEL - Ah! Mais por que a menina há de casá compadre?
PAI - Tá no tempo, coroné; tá no tempo.
CORONEL - (Agarrando nas mãos da noiva) Deixa eu vê esta menina que eu agarrava no colo desde pequena. Tá uma mulhé. E por sinal, compadre, muito bonita. (Olha ente aos olhos da noiva, que encabula) Tá casando, é? Por quê?
Noiva - Ora, coroné Ramão... tô embuchada.
CORONEL - Com quem é que tu tá casando, minha menina?
NOIVA - Com Mundinho.
CORONEL - Ah, ah! Com aquele palerma? Mas não foi ele que...?
NOIVA - Foi não. Foi nas pitangueira.
CORONEL - Ah (surpreso) Ora faz muito bem casá. (Virando-se para o pai) Vossa filha escolheu bem o homem com quem vai casá. Mundinho é um bom rapaiz. É trabalhador. Passa o dia todinho na roça. (Virando-se para a noiva) Se precisá de qualqué coisa é só chamá pelo coroné, que lá estarei de espingarda em punho.