Arte que usa a palavra como forma de expressão!
Tendência artística e literária que resgata formas e valores greco-romanos da Antiguidade Clássica, especialmente da cultura grega entre os séculos VI a.C. e IV a.C. Essa retomada acontece várias vezes ao longo da história ocidental, inclusive na Idade Média. Entretanto é mais intensa do século XIV ao XVI na Itália.
Nas artes plásticas, na literatura e no teatro, o classicismo coincide com o Renascimento. No século XVIII, a tendência se repete com o nome de neoclassicismo. Na música erudita adquire características próprias e manifesta-se em meados do século XVIII.
O classicismo é profundamente influenciado pelos ideais humanistas, que colocam o homem como centro do Universo. Reproduz o mundo real, mas moldando-o segundo o que é considerado ideal. As obras refletem princípios como harmonia, ordem, lógica, equilíbrio, simetria, objetividade e refinamento. A razão é mais importante que a emoção. As adaptações aos ideais e aos problemas dos novos tempos fazem com que o classicismo não seja mera imitação da Antiguidade.
Na época renascentista, por exemplo, a alta burguesia italiana em ascensão, na disputa por luxo e poder com a nobreza, identifica-se com os valores laicos da arte greco-romana. Música A música do Renascimento ainda não exibe as características do classicismo. A simplicidade, a emoção contida e a clareza da forma clássica só aparecem nas composições após o barroco, quando as outras artes já vivem o neoclassicismo. A transição da música barroca para a clássica é feita sobretudo por Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) e Johann Christian Bach (1735-1782), filhos do compositor Johann Sebastian Bach (1685-1750).
Os compositores passam a elaborar formas mais desenvolvidas, como a sinfonia e os concertos para instrumentos e orquestra. A sonata é a principal forma musical do período, dando o passo definitivo em direção à música tonal. Tem uma estrutura em três movimentos, com dois temas principais desenvolvidos por meio de variações rítmico-melódicas e da modulação. Nela, os momentos de tensão e relaxamento tornam-se a base da construção formal de obras para instrumento solo e para quarteto de corda, trio e orquestra. Os principais nomes da música clássica são os austríacos Joseph Haydn (1732-1809) e Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791).
Explosão de criações artísticas, literárias e científicas inspiradas na Antiguidade clássica greco-romana, por isso chamada Renascimento. Marca a Europa de 1330 a 1530 e tem como centro irradiador a Itália. O homem renascentista acredita que tudo se explica pela razão e pela ciência.
Traço marcante do Renascimento, o humanismo tem por base o neoplatonismo, que exalta os valores humanos e dá nova dimensão ao homem. Choca-se, assim, com os dogmas e as proibições da Igreja Católica, critica o mundo medieval e enfrenta a Inquisição. A concentração de riqueza nas mãos de comerciantes e banqueiros faz com que burgueses, como os Medici de Florença, se tornem grandes mecenas. O movimento expande-se a partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e teatros em Roma, Florença, Nápoles, Paris e Londres.
O racionalismo e a preocupação com o homem e a natureza estimulam a pesquisa científica. O polonês Nicolau Copérnico fundamenta a tese do Sol como centro do Universo. O suíço Paracelso estuda as drogas medicinais. O médico inglês William Harvey revela o mecanismo completo da circulação sanguínea. O alemão Johannes Kepler aperfeiçoa o telescópio. O italiano Galileu Galilei desenvolve métodos científicos de análise e comprovação experimental. A pólvora começa a ser usada como arma de guerra. A imprensa de letras metálicas móveis é inventada por volta de 1440 pelo alemão Johann Gutenberg. Também ocorrem mudanças nas artes.
A perfeição, a humanização idealizada das formas e a proporção adequada passam a ser as bases da criação artística. Na pintura, a principal inovação são as técnicas de perspectiva, que permitem obter a ilusão de tridimensionalidade. O grande gênio do período é Leonardo da Vinci, autor de Mona Lisa, um dos quadros mais famosos do mundo, e A Última Ceia. Na literatura e no teatro, as obras são escritas em língua nacional. As histórias têm os valores do cristianismo, mas usam metaforicamente personagens da mitologia greco-romana. Há a valorização do lirismo amoroso, dos grandes feitos do homem e a personificação da natureza. Alguns dos principais autores são os italianos Dante Alighieri e Nicolau Maquiavel, o português Luís de Camões e o inglês William Shakespeare, entre outros.