O cartoon ou cartum, originalmente tratado como os esboços de um artista, é considerado por muitos especialistas, entre eles R.C. Harvey, como um formato de arte sequencial animada. Embora composto de uma única imagem, foi debatido que, uma vez que o cartum combina tanto palavras quanto imagens e constrói uma narrativa, ele merece sua inclusão entre os formatos de quadrinhos.
Um cartoon, cartune ou cartum é um desenho humorístico acompanhado ou não de legenda, de caráter extremamente crítico retratando de uma forma bastante sintetizada algo que envolve o dia-a-dia de uma sociedade.
O termo (cartoon) é de origem britânica, e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na década de 1840, quando a revista Punch publicou uma série de charges que parodiavam estudos para os frescos do Palácio de Westminster, adaptados para satirizar acontecimentos da política contemporânea. O significado original da palavra cartoon é mesmo "estudo", ou "esboço", e é há muito utilizada nas artes plásticas.
Este tipo de desenho é ainda considerado uma forma de comédia e mantém o seu espaço na imprensa escrita atual.
A tira, também conhecida como tira diária, é uma sequencia de imagens. O termo é atualmente mais usado para definir as tiras curtas publicadas em jornais, mas historicamente o termo foi designado para definir qualquer espécie de tira, não havendo limite máximo de quadros, sendo o mínimo de dois.
Uma tira diária (chamada ainda de tira cômica / banda desenhada (português europeu) ou tirinha / tira de quadrinhos (português brasileiro)) é o equivalente em português do termo inglês comic strips, o qual se refere a uma apresentação possível de Banda Desenhada, caracterizada por uma série de vinhetas, normalmente de número inferior a quatro e dispostas horizontalmente.
Não necessariamente este tipo de apresentação de banda desenhada tem de ser cômico (outros gêneros que têm sido explorados são a aventura, mistério, espionagem, policial, drama, heróis e super-heróis, entre outros) ou diário (podem apresentar outra periodicidade, inclusive semanal) ou a sua publicação ser obrigatoriamente num jornal (podem ser publicadas, entre outros locais, em revistas ou na internet; neste último caso, são normalmente denominadas de webcomics).
A revista em quadrinhos, como é chamada no Brasil, ou "comic book" como é predominantemente conhecida nos Estados Unidos, é o formato comumente usado para a publicação de histórias do gênero, desde séries românticas aos populares super-heróis. Em Portugal a expressão usada é 'Revista de Banda Desenhada'.
Graphic novel é um termo para um formato de revista em quadrinhos que geralmente trazem enredos longos e complexos, frequentemente direcionados ao público adulto. Contudo o termo não é estritamente delimitado, sendo usado muitas vezes para implicar diferenças subjetivas na qualidade artística entre um trabalho e outro. Em Portugal usa-se também a tradução: Novela Gráfica, mas raramente.
Um romance gráfico (do inglês Graphic novel) é uma espécie de livro, normalmente contando uma longa história através de arte sequencial (banda desenhada ou quadrinhos), e é frequentemente usada para definir as distinções subjetivas entre um livro e outros tipos de histórias em quadrinhos.
O termo é geralmente usado para referir-se a qualquer forma de quadrinho ou mangá de longa duração, ou seja, é o análogo na arte sequencial a uma prosa ou romance. Pode ser aplicado a trabalhos que foram publicados anteriormente em quadrinhos periódicos, ou a trabalhos produzidos especificamente para publicação em formato livro.Embora, é claro, que uma graphic novel não precisa ser voltada para o publico adulto, as vezes é necessário apenas que tenha uma boa estrutura e um visível grau filosófico (ex:A Saga do Tio Patinhas).
A definição de "graphic novel" foi popularizada por Will Eisner depois de aparecer na capa de sua obra A Contract with God (Um Contrato com Deus), um trabalho maduro e complexo, focado na vida de pessoas ordinárias no mundo real. O selo de "graphic novel" foi colocado na intenção de distingui-lo do formato de quadrinhos tradicional. Eisner citou como inspiração os livros de Lynd Ward, que produzia romances completos em xilogravura. O sucesso comercial de Um Contrato com Deus ajudou a estabilizar o termo "graphic novel", e muitas fontes creditam erroneamente Eisner a ser o primeiro a usá-lo (de fato, foi Richard Kile quem originalmente usou o termo em algumas publicações dos anos 1960).
Outros trabalhos similares que antecederam o surgimento do termo foram os quadrinhos franco-belgas Tintin, Asterix e Spirou, bastante populares desde a década de 1960.
Webcomics, também conhecido como "online comics", "web comics" ou "digital comics" são histórias em quadrinhos publicadas na internet. Muitas webcomics são divulgadas e vendidas exclusivamente na rede, enquanto outras são publicadas em papel mas mantendo um arquivo virtual por razões comerciais ou artísticas. Com a popularização da internet, o formato webcomic evoluiu, passando a tratar desde as tradicionais tiras diárias até graphic novels.
Webcomics, ou quadrinhos on-line, ou ainda web comics, são quadrinhos cuja publicação é veiculada exclusivamente pela Internet, apesar de existirem muitos quadrinhos consagrados à moda tradicional que são disponibilizados de forma digital. Podendo facilmente atingir uma audiência, os quadrinhos on-line se tornaram o principal meio dos novos cartunistas apresentarem o seu trabalho.
Essa forma independente de publicação, similar aos fanzines, tem tido grande popularidade, havendo centenas de webcomics disponíveis atualmente. A maioria consiste em trabalhos amadores de qualidade inconsistente e de publicação esporádica, mas até mesmo entre essas encontram-se algumas com sucesso da parte do público, da crítica, ou mesmo na área comercial.
Storyboards são ilustrações dispostas em sequencia, com o propósito de prever uma cena animada ou real de um filme. Um storyboard é essencialmente uma versão em quadrinhos de um filme ou de uma seção específica de um filme, produzido previamente para auxiliar os diretores e cineastas a visualizar as cenas e encontrar potenciais problemas antes que eles aconteçam. Os storyboards muitas vezes trazem setas e instruções que indicam movimento.
Todo filme, seja ele feito para um comercial de TV, uma novela, série de TV ou mesmo um filme longa metragem tem em comum entre si que antes de ser finalizado é antes visualizado por uma sequência de quadrinhos, muito parecida com as histórias em quadrinhos, e essa sequência é o que chamamos de Storyboard.
Um Storyboard tem como finalidade marcar as principais passagens de uma história que será contada em um filme da forma mais próxima com a qual ela deverá aparecer na tela. Depois de finalizado as pessoas envolvidas no projeto percebem as nuances de sequência, ritmo das cenas, clima e a eficácia em transmitir a história.
A semelhança com os quadrinhos se faz pelo fato de o storyboard também ter uma história sendo contada através de uma sequência de quadros e pelo fato de também se utilizar de recursos como ângulos e técnicas de composição de uma cena. No entanto, o desenho de um storyboard está mais assemelhado a uma pintura em estilo impressionista, do que os estilos marcados a nankin, comuns nas histórias em quadrinhos.
Isso se deve também ao fato de que a imagem de um storyboard precisa transmitir uma impressão mais fiel de uma imagem real, sem, no entanto, determinar muitos detalhes, que no momento em que o storyboard é feito seria de menor importância, sendo mais importante transmitir a sequência e clima de uma cena.
Em todo o mercado audiovisual, o storyboard é utilizado, seja para um desenho animado, ou para uma superprodução cinematográfica, o recurso do storyboard é uma maneira relativamente, fácil, simples e barata de um diretor ter uma ideia de como um filme virá a ser.
Um fanzine é uma revista em quadrinhos amadora, feita de forma artesanal a partir de máquinas de xérox ou mimeógrafos. É uma alternativa barata àqueles que desejam produzir suas próprias revistas para um público específico, e conta com estratégias informais de distribuição. Diversos cartunistas começaram desta maneira antes de passarem para espécies mais tradicionais de publicação, enquanto outros artistas estabilizados continuam a produzir fanzines paralelamente à suas carreiras.
O termo é também usado para definir publicações amadoras feitas por fãs de outros meios de entretenimento, trazendo notícias e ensaios sobre música, esportes e programas de televisão em geral.
Fanzine é uma abreviação de fanatic magazine, mais propriamente da aglutinação da última sílaba da palavra magazine (revista) com a sílaba inicial de fanático.
Fanzine é portanto, uma revista editada por um fan (fã, em português). Trata-se de uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, dependendo do poder econômico do respectivo editor (faneditor). Engloba todo o tipo de temas, com especial incidência em histórias em quadrinhos (banda desenhada),ficção científica,poesia,música, feminismo, vegetarianismo, veganismo, cinema, jogos de computador e videogames, em padrões experimentais.
Também se dedica à publicação de estudos sobre esses e outros temas, pelo que o público interessado nestes fanzines é bastante diversificado no que se refere a idades, sendo errônea a ideia de que se destina apenas aos jovens, ainda que estes sejam concretamente os que mais fazem uso desse meio de comunicação.
Prova desta afirmação é a de que os primeiros fanzines europeus, especialmente franceses e portugueses, foram editados por adultos, dedicando-se ao estudo de história em quadrinhos (ou banda desenhada). A sua origem vai encontrar-se nos Estados Unidos em 1929. Seu uso foi marcante na Europa, especialmente na França, durante os movimentos de contracultura, de 1968.
Graças a esses movimentos, os fanzines são uma ferramenta amplamente difundida de comunicação impressa de baixos custos.