Da verdade, em verdade eu digo que é a exatidão do ocorrido e não pode ser modificada. Ela significa tudo aquilo que está intimamente ligado ao que é sincero. É também a afirmação do que é correto. Já um dos frutos dessa verdade: a realidade - que é formada pela efetividade dos fatos; a critério de quem a conte – ela pode ser alterada. Daí as realidades serem múltiplas neste universo de coisas. Usa várias fontes de informação para construir a sucessão de processos conforme uma interpretação.
Por mais distantes dos envolvimentos pessoais que possa parecer, sempre há uma vontade impressa daquele que conta. Uma escolha que satisfaça; não o fato em si, mas a posição assumida diante do ocorrido; como um “cameraman” que escolhe o ângulo de filmagem. Não possibilita a amplitude dos fatos, mas prioriza o foco de interesse.
E a humanidade alicerçou-se nessas realidades construídas. E surgiram as normas e leis, prendendo o homem nos seus padrões. Chamam isso de viver em sociedade!
Portanto, dos falares em torno das fogueiras aos contos escritos, nasceram as realidades. E frutos dos fatos feitos se fizeram numa sequência infinita. Batalhas, guerras, vitórias, derrotas, todas contadas segundo a versão de quem a conte. E a história é contada, não como foi; mas como deveria ser.
Assim vou contar-lhe algumas histórias. Vou falar de fatos com existência própria. De vidas que passam a existir nesta realidade que conto. Se é verdade ou mentira, não importa. Mas passa a existir como uma nova realidade depois que conto.
E neste conhecimento de realidade, é a investigação um processo para a construção do desenvolvimento humano. Mas essa pesquisa eu deixo para o final, pois o melhor da história é a descoberta.
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