O conto não é apenas uma narrativa, pelo simples fato de que narrar é contar alguma coisa. O conto é como uma pessoa, individual, único. Essa narração geralmente curta e comumente escrita em prosa traz como elementos centrais suas personagens, ações e as ideias que passam a existir a partir do momento em que se conta.
O ato de narrar surge não só da busca em transmitir uma comunicação qualquer, um acontecimento ou situação de que se tenha participado direta ou indiretamente, mas da proeza artística de contar. E esse conto ganha uma forma mágica quando a arte literária o envolve completamente.
Nesta obra, “Um conto há mais” são reunidas diversas histórias em diferentes técnicas de narração. Ela aponta aspectos do ato de narrar ao mesmo tempo em que conta. E prepara o leitor para o seu próprio conto.
Pois tudo o que conhecemos não é de fato, é de fruto. O fato existe e não pode ser modificado, mas o fruto é feito por homens que contam sua história como se fato fosse.
O fruto pode amadurecer na cabeça de toda humanidade de tal forma, que aquilo que nunca existiu passa a ter existência eterna na sequência da vida.
Assim vou contar-lhe algumas histórias. Vou falar de fatos com existência própria. Nem da verdade, nem da mentira; mas de histórias que passam a existir.
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