A língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por exemplo: falantes da língua portuguesa.
A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão.
Sob um aspecto técnico-analítico, línguas são sistemas de comunicação:
1. fundamentalmente orais, complementarmente gráficos;
2. compostos de símbolos com significados convencionalizados;
3. que ocorrem dentro de uma determinada comunidade ou cultura, estando a ela intrinsecamente ligados;
4. ao alcance de qualquer ser humano e assimilados intuitivamente por todos, de forma semelhante;
5. em constante mutação aleatória e incontrolável;
6. possuindo, diferentes línguas, entre si, características universais.
Quanto à sua essência, línguas são fenômenos inerentes ao ser humano e semelhantes a ele próprio: sistemáticos porém criativos, dinâmicos, complexos, arbitrários, parcialmente irregulares, mostrando um acentuado grau de tolerância a variações e repletos de ambiguidades.
Quanto à sua origem, línguas são habilidades criadas por sociedades humanas, fruto da interação de seus membros.
Quanto à sua função, línguas podem ser definidas como sistemas de representação cognitiva do universo através dos quais as pessoas constroem suas relações. (Como uma frequentadora de nosso site colocou, sem ter citado entretanto a fonte.) É um reflexo criativo influenciado pela cultura de seus falantes. Língua é também o principal instrumento de desenvolvimento cognitivo do ser humano. Como Vygotsky sustentou, existe uma profunda interdependência entre linguagem e pensamento, um fornecendo subsídios ao outro. Palavras que não representam uma ideia são como uma coisa morta, da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.