As palavras são criações do homem, surgidas da necessidade de partilhar pensamentos, desejos e sentimentos com os outros homens. É através de signos - palavras, gestos, sons, formas e cores - que as pessoas procuram dizer para as outras o que pensam, o que sentem, o que gostariam de fazer ou que lhes fizessem; pois vivendo em sociedade, pouco adiantaria pensar ou querer algo se não conseguissem "passar" essa ideia para outro.
A comunicação falada não é regida por normas fixas e imutáveis. Ela pode transformar-se através do tempo e, se comparados texto antigos com atuais, percebe-se grande mudança no estilo e nas expressões.
Numa cantiga de amigo do rei D. Dinis – século XIV os três primeiros versos diz:
"Ai folres, ai flores do verde pino,
Se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?"
a expressão – e u é? – significaria hoje "onde ele está?" percebe-se, portanto, uma diferença linguística na forma de dizer a mesma coisa.
Assim a linguagem, por ser manifestação de sentimento ou ideia, é uma particularidade primordial no estudo da produção de um texto.
É o exercício oriundo da faculdade, inerente ao homem, que lhe possibilita comunicação; simplificando, tudo o que serve para exprimir ideias e sentimentos.
A linguagem pode ser verbal quando usa a palavra falada ou escrita; e não verbal quando se utiliza de qualquer outro meio de comunicação para manifestar-se (gestos, cores, sons, imagens, fumaça, dança...).
Língua – é a parte social da linguagem; é o sistema de signos verbais (vocabulário) e de regras de emprego desses signos (gramática), para efeito de comunicação.
Fala – é sempre individual. A língua é necessária para que a fala seja inteligível e produza os seus efeitos; mas esta é necessária para que a língua se estabeleça; historicamente, o fato da fala vem sempre antes.