Os signos são entidades tão centrais e importantes na linguagem quanto os átomos em física, as células em biologia ou os números em matemática; são eles os objetos materiais de que o homem se utiliza para comunicar-se.
Toda comunicação, portanto possui uma linguagem.
Qualquer linguagem é feita de sinais, elementos portadores de significação. A fumaça, por exemplo, é sinal natural de fogo, dá a conhecer a existência dele, mas não é linguagem. Já, um aceno de cabeça em vaivém é sinal convencional de negativa ou discordância, é linguagem, porque é comunicação intencional de uma vivência por meio de sinal sensível. Mas ainda não é língua, que se caracteriza por ser linguagem articulada, ou seja, manifestação intencional de vivências por meio do sinal convencional sonoro produzido pelos órgãos fonadores.
Veja! No processo da comunicação humana existe um signo linguístico (um sinal para linguagem). O signo linguístico – que é a unidade utilizada para a transmissão da mensagem verbal – encerra um significado, que é o seu sentido ou seu valor diferencial; e um significante, que se manifesta foneticamente. Curiosamente, dentro das inúmeras diferenças entre as línguas e dialetos humanos, essa dupla articulação parece ser uma característica comum a todas.
O signo como elo de uma mediação nesse processo de comunicação trará então necessariamente dois entes que intervém no tal processo – o significante e o significado.
O significante é a parte sensível do signo, isto é, aquilo que se vê, ouve ou sente. O significado é a informação (ideia, conteúdo) comunicado. Para ser mais didático, observa-se esta compreensão através de uma palavra qualquer. A palavra – árvore – por exemplo: o significante é pois este sinal de letras que traduz o ser vegetal "árvore"; já o significado é, como diz no dicionário de Celso Pedro Luft: "s.f. Vegetal lenhoso cujo caule, chamado tronco, só se ramifica bem acima do nível do solo".