O uso da linguagem no ato da comunicação é feito de forma automática. Na verdade, quem transmite uma informação escolhe as palavras e as frases de acordo com a ênfase que pretende dar a um ou outro componente do processo comunicativo: emissor, receptor, mensagem, código, canal ou contexto. Desse modo, orienta a linguagem de acordo com a função que ele pretende exercer. A linguagem possui seis funções, todas relacionadas com os elementos do ato de comunicação.
1. Função referencial ou denotativa
O comunicador a utiliza quando tem a intenção de apenas transmitir alguma informação, dar uma notícia, descrever um objeto ou relacionar e explicar um aspecto científico, não permitindo mais de uma interpretação. Para isso, escolhe uma linguagem clara e objetiva, atendo-se ao sentido comum e preciso das palavras.
2. Função emotiva ou expressiva
O comunicador transmite a mensagem de modo subjetivo, ou seja, ele expõe o seu ponto de vista, seu sentimento, com intuito de impressionar o receptor. Nesse caso, a informação abre espaço a mais de uma interpretação. Ela esta centrada no emissor, na primeira pessoa do singular.
3. Função fática ou de contato
O emissor usa frases que mantêm o diálogo entre as "personagens" e que servem para testar se o receptor está realmente entendendo o emissor. Há inúmeras interrogações a fim de desfazer equívocos ou vencer os ruídos que atrapalhe o canal de comunicação. Este tipo de linguagem serve para manter o diálogo em aberto.
4. Função apelativa ou conativa
O emissor procura atuar fortemente sobre o receptor da mensagem, através das palavras, da imagem, da emoção, do emprego dos verbos no imperativo. Tem por objetivo influir no comportamento do receptor.
5. Função metalinguística
Quando o código, no caso mais comum - a língua portuguesa, é usado para definir, explicar, analisar, criticar o próprio código.
6. Função poética
O emissor revela seu mundo subjetivo. É aquela que está concentrada na mensagem e que depende de recursos imaginativos criados pelo autor (o que envolve conotação).