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Letra P
Pagode: templo e música
A palavra foi introduzida nas línguas
ocidentais pelos avós portugueses, que
trouxeram de suas andanças pelos portos
do Oriente. Como templo budista,
associa-se ao Japão ou à China.
Alguns etimologistas veem em pagode uma legítima palavra vernácula, derivada de pagão; seria, portanto, um termo depreciativo que os portugueses formaram para denominar todo e qualquer templo não-cristão.
Há etimologistas que vão mais longe: pagode seria a aglutinação de pagan good (deus pagão, em Inglês).
Apesar de exóticas, tais explicações, segundo o professor Cláudio Moreno, há algo que não deve ser desprezado: a antiga animosidade para com as religiões não-cristãs.
Tanto o pagode quanto a sinagoga, templos budistas e judaicos, adquiriram, já no português do séc. 16, o significado secundário de barulho, confusão, como na frase Ele armou o maior pagode ou festa ruidosa, festança popular como em Fomos a um pagode na casa do Dorinho. Para Houaiss, daí surgiu a designação de samba de partido alto, introduzido no Rio de Janeiro na década de 70. Um longo trajeto da Ásia dos descobrimentos ao morro carioca do final do séc. 20.
País e nação. Há diferenças?
Um país pode ter várias nações - o
Brasil, além de ser uma nação, tem no
seu território várias nações indígenas.
Uma nação pode estar dividida em vários
países, como os judeus ou os curdos
atualmente.
Palavras estrangeiras
O Manual de Redação e Estilo, do
Estadão, passa as seguintes
recomendações:
1) Quando houver a adaptação da palavra
estrangeira à nossa ortografia, é
preferível usá-la. Assim: xou (em vez
show), musse (em vez de mousse), xampu
(em vez de shampoo), videopôquer (em vez
de videopoker), caratê (em vez de karatê),
clube (em vez de club), gangue (em vez
de gang), ringue (em vez de ring), surfe
(em vez de surf), clipe (em vez de clip),
moletom (em vez de moleton).
2) Se a palavra estrangeira já tiver um
vocábulo em português, prefira o termo
vernáculo. Exemplos: adeus (em vez de
ciao), escanteio (em vez de corner),
correio eletrônico (em vez de e-mail),
desempenho (em vez de perfomance).
Palíndromo
Palíndromo é verso que se lê da esquerda
para a direita ou da direita para
esquerda sem alterar o sentido. Parece
cobra de duas cabeças. Exemplo bastante
conhecido de palíndromo é "Socorram-me,
subi no ônibus em Marrocos".
Papai Noel tem plural?
Sim. Nomes próprios possuem plural.
Exemplos: A menina escreveu uma carta a
Papai Noel./ A rua está repleta de
Papais Noéis.
Parênteses - quando empregar?
1. Em elementos (notação, palavra ou
frase) interparentéticos, ou seja,
intercalados no texto:
a) Outrora, usava-se o lacre preto (!)
para fechar envelopes, quando se estava
de luta.
b) A firma (= assinatura) deve ser
reconhecida em cartório.
c) Insumo (neologismo técnico já aceito
por todos) é tudo aquilo que entra na
elaboração de um produto, da
matéria-prima à embalagem.
Como ocorre com as aspas, o ponto final
será posto dentro ou fora dos
parênteses, consoante o caso:
a) Fulano de Tal: "Protesto, Senhor
Presidente!". (Palmas.)
b) Tudo é possível (quem o nega?).
Quando os termos entre parênteses são
independentes na frase, surge a vírgula
após o segundo parêntese:
a) No seu encontro em Brasília (antes
que os parlamentares votassem a reforma
da Previdência), FHC disse a Maluf
que...
Antes do primeiro sinal é erro, mas
infelizmente nem todo redator ou revisor
conhece isso.
2. Em formas combinadas de redação:
a) Queira(m) o(s) senhor(es)...
Se retirados os parênteses, a leitura
será normal: "Queiram os senhores... ".
São, por conseguinte, incorretas as
combinações do tipo "datilógrafo(a)",
pois teríamos "datilografoa". Embora
Odacir Beltrão diga que tal procedimento
esteja errado, o uso do feminino entre
parênteses já faz parte do uso diário da
língua escrita.
Mesmos literatos exploram o recurso e um
dos exemplos mais originais é de Carlos
Drummond de Andrade:
a) "...pelas ruas do rio de Janeiro que
não é rico, é um oceano inteiro de
(a)mo(r)cidade."
b) (M)Olhai os lírios do campo...
(Título de poema que homenageou Érico
Veríssimo, em 1975, ano de seu
falecimento.)
3. Em numeração de partes de um texto:
- enumeração feita corridamente, isto ,
sem paragrafar:
...........; (1) ...........;
(2)............
- enumeração com novas linhas:
1)...........;
2)...........;
Mas também pode ser assim:
1º 1. l- I-
2º 2. 2- II-
4. Para chamar a atenção a algo já
citado, mas não indicado na frase:
a) O outro (o banco pagador) não é
responsável pelo engano.
5. Indicando a alcunha, quando
interposta:
a) Manuel (Maneca) dos Santos.
6. Na escrita por extenso de números, ou
seja, na escrita literal de números:
a) Recebi R$500,00 (quinhentos reais).
Os parênteses servem para "incluir
expressões explicativas de palavras ou
ideias do texto" ou para sua
complementação:
a) Disse Rui Barbosa (Réplica, edição
originária do Senado Federal, pág. 430,
§ 99, n. 330) que, nos monumentos
escritos da História ou da Lei, um ponto
ou uma vírgula pode encerrar os destinos
de um mandamento, de uma instituição ou
de uma verdade.
7. Em código, números ou referências
telefônicas:
a) Folha da Região ()xx18) 620-7777
(PBX).
8. Em endereços:
16.050-120 Araçatuba (SP)
l6.050-120 Araçatuba/SP
16.050-120 Araçatuba-SP
Observações
1ª) Há gramáticos que recomendam o uso
da vírgula em frases curtas em vez de
parêngeses. Os autores novos agem com
plena liberdade e adotam, inclusive, a
forma combinada, antes empregada
unicamente em comunicações comerciais ou
em formulários:
... deve(m) aparecer o(s) cabeçalho(s)
em itálico.
2ª) As vírgulas, os travessões e os
parênteses são substituíveis uns pelos
outros, consoante os casos ou o estilo
do redator:
Os títulos ou dizeres, em negrito, ou
tipo normal, serão dispostos...
Os títulos ou dizeres, em negrito - tipo
normal - serão dispostos...
Os títulos ou dizeres, em negrito (tipo
normal) serão dispostos...
* Aviso num parque público.
"Não apanhe (nem esprema, corte,
arranque, pise, torça, esmague, quebre,
empreste, rolube, dê ou faça qualquer
coisa que mutile ou ponha em perigo as)
flores." (Seleções do Reader's Digest,
out. ded 1975.)
3ª) Quando ao dirigir-se a alguém com os
verbos e pronomes na terceira pessoa, o
redator ou escritor desejava esclarecer
que determinada referência era relativa
a outra pessoa, punha entre parênteses a
forma analítica do pronome:
a) Informo-o de que lhe (a ela) dei toda
a assistência possível.
b) Posso identificar-me com ele? É certo
que o prêmio lhe (me) deu prazer e
honra. (Carlos Drummond de Andrade.
Particípio irregular
TER e HAVER - usar com o
particípio regular: tenho aceitado. SER
e ESTAR - usar com o particípio
irregular: é aceito.
Passar
Os verbos "haver" e "fazer" são
impessoais quando indicam tempo. E
quanto ao "passar"? Quais frases estão
certas?
1) Passaram muitos anos.
2) Passaram-se muitos anos.
3) Passou muitos anos.
4) Passou-se muitos anos.
Resposta:
A frase 1) está certa. O sujeito
é muitos anos. Os muitos anos é que
passaram.
A frase 2) também está correta. O
sujeito é muitos anos. Se se considerar
o “se” como partícula apassivadora. Isto
é, passaram-se = foram passados - como
também se diz.
A frase 3) está errada porque o
verbo se apresenta no singular, mas o
sujeito (muitos anos) está no plural.
A frase 4) também a podemos ter
como correta, considerando o “se” como
índice de indeterminação do sujeito. O
sujeito existe, mas não se sabe qual é,
porque se encontra indeterminado pela
partícula “se”. Isto é, alguém passou.
Patinar ou patinhar
PATINAR tem três sentidos: produzir
pátina (oxidação) em alguma coisa;
deslizar, escorregar, rodar em patins;
quando as rodas do veículo giram sem
sair do lugar. PATINAR se origina de
patim + ar e de pátina + ar.
PATINHAR significa agitar a água como
fazem os patos; quando as rodas do
veículo giram sem sair do lugar (neste
sentido é anterior ao PATINAR). PATINHAR
é formado de patinha (diminutivo de
pata) + ar.
Conclusão: PATINAR é uma variante de
PATINHAR. Assim também: caimbra/cãibra;
sapê/sapé; corruptela/corrutela;
cotidiano/quotidiano.
Pedir para / Pedir para que
A construção pedir para deve ser
usada somente no sentido de "pedir
permissão, licença ou autorização": O
Deputado pediu ao Presidente para se
retirar da reunião, pois tinha um
compromisso (= pediu licença para se
retirar); O Deputado pediu para falar em
primeiro lugar, pois tinha que sair mais
cedo (= pediu autorização para falar).
Empregado com o sentido de solicitar a alguém que faça algo, o verbo pedir não deve ser acompanhado de para ou para que, mas sim de que: O Presidente pede aos deputados que votem (não: O Presidente pede aos deputados *para que votem, ou *para votarem); O Governo pede que o Congresso aprove as reformas (não: O Governo *pede para o Congresso aprovar). Esta última construção é encontrada em autores consagrados, mas, conforme indica Cegalla, "como se trata de um caso controvertido, recomendamos que, pelo menos na linguagem culta formal, se siga, acerca do verbo pedir, a doutrina tradicional, podendo-se usar as construções incriminadas na comunicação familiar do dia-a-dia."
isso vale para outros verbos em construção análoga, como determinar, recomendar, solicitar: O Diretor determinou que os funcionários entrem pelo Anexo I; Recomenda-se que os funcionários ponham o crachá em lugar visível; O Secretário solicitou que os funcionários deem preferência ao estacionamento 2.
Pego ou pegado
Gostaria de saber quando se usa
"pego" ou "pegado"? (Salézio Mendes,
Criciúma-SC)
RESPOSTA: pego e pegado – particípios do
verbo pegar. “Pego” – forma irregular;
“pegado”, irregular. Pegado - depois dos
verbos auxiliares “ser” e “estar”. Pego
- depois dos verbos auxiliares “ter” e
“haver”. Há uma tendência para se usar
apenas “pego”, predominando, portanto, o
particípio irregular.
Peixe-boi – peixe-mulher
É tão grande a variedade de peixes, que
a imaginação popular criou uma enorme
quantidade de nomes compostos com a
palavra peixe. É claro que tais
designações se baseiam na semelhança que
as pessoas veem entre determinado peixe
e tal animal ou coisa. Assim é que
temos, só para exemplificar,
peixe-espada, peixe-lua, peixe-cachorro,
peixe-cavalo, peixe-charuto,
peixe-frade, peixe-morcego... Não é de
estranhar, pois, que haja um peixe-boi.
O estranho é que se dê, como feminino de
peixe-boi, peixe-mulher. Mas é isso
mesmo que encontramos no Aurélio e no
Houaiss. Caldas Aulete também registra
peixe-mulher, dizendo tratar-se da fêmea
do peixe-boi na linguagem dos pescadores
brasileiros e angolanos. Eles devem ter
lá suas razões. Eu não sei explicar...
(explicação do mestre Odilon Soares
Leme).
Pequim ou Beijing?
Agosto, mês de olimpíada na
China: Pequim. Como no logotipo do
evento consta Beijing, muita gente se
pergunta: sempre pronunciamos
erroneamente o nome da capital chinesa?
Os chineses da capital vivem em Pequim.
Nossos antepassados lusitanos entraram
na China no século 16, por isso herdamos
deles uma língua que conhece o nome
Pequim há 500 anos. Naquele início,
havia também algumas divergências quanto
à sua pronúncia. Fernão Mendes Pinto, o
escritor-viajante, fala, no capítulo 105
da Peregrinação, desta "cidade que nós
chamamos Paquim, a quem os seus naturais
chamam Pequim".
Portugal manteve intenso intercâmbio com
a China, enviando embaixadores,
missionários, aventureiros, comerciantes
e militares ao império dos "chins", como
diziam, acabando por estabelecer uma
base em Macau, até recentemente sob
domínio ocidental. Por tudo isso, nosso
idioma se acostumou a nomes como Pequim,
Cantão e Nanquim, além de suas
derivações. Falamos da cozinha
cantonesa, da tinta nanquim, do cachorro
pequinês (aquele peludo cãozinho
doméstico de focinho achatado).
O governo da China, pretendendo
uniformizar as transliterações que o
Ocidente faz de seus nomes, desenvolveu
e divulgou o sistema “pinyin”, que
regula a transcrição fonética da língua
chinesa para o alfabeto romano. É útil e
necessária a iniciativa das autoridades
chinesas; a adoção desse sistema muda a
grafia do presidente Mao (Mao Tse-Tung,
Mao Tsetung, agora Mao Zedong) ou de
Chiang Kai-shek (Chang Kai-chek, Tchang
Kai Chek, parece que agora Jiang
Jieshi).
Isso não significa, porém, que vamos
abandonar os nomes já enraizados em
nosso léxico. Para entender isso, basta
comparar o nome tradicional com a nova
versão pinyin: Cantão – Guangzhou /
Xangai – Shanghai / Pequim – Beijing /
Nanquim – Nanjing / Hong-Kong –
Xianggang. Não houve uma "troca de
nome", como a do Sião para Tailândia, ou
de São Petersburgo para Leningrado, e de
Leningrado de novo para São Petersburgo
- casos em que existe uma pressão
natural que nos leva a adotar a nova
denominação. Houve apenas uma troca de
sistema de transcrição, o que termina
sendo pouca coisa além de uma troca na
grafia já que a pronúncia é variável nas
diferentes regiões da vasta China
continental.
É sabido que as leis ortográficas de um
país não costumam ter repercussão nas
outras línguas. Quando nós oficializamos
a grafia Brasil, os países de língua
inglesa continuaram a usar Brazil, a
forma consagrada durante nosso regime
imperial, enquanto a França sempre usou
alegremente o seu Brésil. Por isso,
mesmo que um bilhão de chineses não
concordem, devemos manter o Pequim do
Português, da mesma forma que se
mantiveram Pékin (francês.), Pechino
(italiano.), Pekín (espanhol) e Peking
(alemão). Só os jornais de língua
inglesa se apressaram em aderir à
novidade. Segundo Cláudio Moreno, em
nome da globalização, a imprensa
brasileira poderia adotar o hábito
educativo de incluir, entre parênteses,
o nome reformulado: Pequim (Beijing).
Perda / Perca
Perda é substantivo: Houve uma perda
irreparável.Perca é verbo: É preciso que
você perca dois quilos. Há muita gente
usando erroneamente “perca” no lugar de
“perda”.
Portfolio ou portfólio?
Gostaria de saber como devo escrever a
palavra portfolio, usada para designar
uma coleção de trabalho de uma pessoa.
No dicionário encontra-se a palavra sem
o “i”, mas há pessoas que escrevem
assim: portifólio ou portfólio. Estou em
dúvida e gostaria de saber sua opinião
(Adriana).
RESPOSTA: portfolio - assim, sem acento,
é forma inglesa. Há dicionários que
aportuguesaram a forma assim: portfólio,
apenas acrescentando o acento. Outros
optam por porta-fólio. A tendência é
usar a forma aportuguesada portfólio.
Posar / Pousar
O verbo posar deriva de pose,
enquanto pousar, de pouso: A modelo
posou o dia todo; O rapaz posava de bom
moço, quando, na verdade, era um
bandido; O avião pousou com atraso de
duas horas.
Possuir
Os verbos terminados em uir formam o
presente do indicativo com a terminação
ui, não ue. Assim: ele possui (não
possue); ele conclui (não conclue); ele
inclui (não inclue); ele atribui (não
atribue); ele polui (não polue). Esse
erro deriva da confusão com a terminação
ue dos verbos em uar no presente do
subjuntivo: que ele continue; que ele
recue; que ele atue; que ele atenue.
Pra
Redução da preposição para. De uso
informal, deve ser evitado na língua
escrita formal.
Pego(ê) ou pego (é)?
“Pégo” ou "pêgo". Ambas as formas são
escritas sem acento. Quanto à pronúncia
da letra "e", ela é fechada, segundo o
Aurélio, pois, quando havia acento
diferencial (antes de 1971), o
particípio irregular do verbo "pegar"
recebia o acento circunflexo: pêgo. Não
sei onde o Jô Soares arrumou a pronúncia
aberta do "e" (pégo), mas isto é uma
questão menor, pois se trata de
regionalismo.
Penalizado ou punido?
“Os jogadores foram penalizados pelo
Tribunal Esportivo da Federação.” Eles
foram punidos. Penalizado não é sinônimo
de punido. Penalizado é quem tem pena,
dó, compaixão.
Estão corretas frases seguintes: O
artista ficou penalizado diante de tanta
miséria nas favelas. A lei do colarinho
branco pune com prisão.
Professor concorda
Em aditamento ao texto de vocês, se
seria correto dizer-se penalizado ou
punido, o qual foi editado neste portal,
queria acrescentar um comentário, que
não elide o acerto do leitor que abordou
este assunto. Realmente, penalizado é
aquele que sentiu dó, comiseração ou
pena de alguém, enquanto que punido é o
que sofreu uma puniação ou castigo por
algo de errado que haja feito. Ocorre
que, hoje em dia, nota-se o uso
equivocado do verbo penalizar como se
fosse sinônimo de punir. O uso é errado
mas explicável: é que o vocábulo pena em
português (do latim poena) igualmente é
sinônimo de penalidade ou sanção
aplicável a quem transgride uma norma
legal ou administrativa. Daí o equívoco
de considerar-se penalizado o que
transgrediu uma norma (no sentido de
penalidade). O correto seria usar o
neologismo apenar, este sim significando
aplicar uma pena (no sentido de punição
ou penalidade) como equivalendo ao verbo
punir. Penalizado, portanto, refere-se a
pena somente no sentido de dó ou
comiseração (fiquei penalizado com o
fato), enquanto que ao uso de pena como
punição dever-se-ia aplicar apenas os
verbos punir ou apenar.
Personagem
“Personagem” é palavra masculina ou
feminina?
O personagem de Antônio Fagundes é
viril.
A personagem de Antônio Fagundes é
viril.
Em português, quase todas as palavras
terminadas em –agem são do gênero
feminino: a bagagem, a folhagem, a
personagem. Nesse caso, “personagem” se
comportaria como um substantivo de
gênero sobrecomum, como criança, pessoa,
vítima. Embora seja feminina, designa
homem e mulher.
Atualmente, o substantivo “personagem”
está se tornando comum de dois gêneros.
A personagem – quando mulher; o
personagem – quando homem.
Os gramáticos mais rigorosos optariam
pela segunda frase, enquanto os mais
flexíveis diriam que as duas estão
corretas.
Pessoa humana é pleonasmo?
Há talvez pleonasmo na expressão, mas
ele não é descabido. É que há pessoa
divina (as três pessoas da Santíssima
Trindade), pessoa física, pessoa
jurídica…e nem todas são humanas.
Plano ou plaino
Houve um entrevero linguístico no início
do mês entre esta Folha e a Câmara
Municipal de Araçatuba, pois o vereador
Joaquim de Paula (PSDC), diretor de
escola aposentado, assumiu a vereança em
Araçatuba diante da licença de 30 dias
de Nilo Ikeda (PRTB) que foi ao Japão, a
convite do governo japonês.
A coluna Periscópio, desta Folha,
estranhou que o vereador houvesse falado
"cidade plaina" ao se referir a
Araçatuba, e colocou o erro entre as
"pérolas" linguísticas dos vereadores de
Araçatuba.
Sempre digo que, em termos de língua
portuguesa, quem tem muita certeza erra
mais. A variável "plaina" é pouco usada
na região, é tida até como pronúncia
caipira, mas não é o que falam os
dicionários.
Num lampejo, posso até classificar
"plaina" como uma pronúncia arcaica que,
atualmente, é mais usada pelo povão, por
isso desprestigiada socialmente. Daí a
ironia do colunista sobre o vereador
Joaquim de Paula, que foi, prontamente,
rebatida pela assessoria de imprensa da
Câmara Municipal de Araçatuba.
O mesmo processo acontece com a
expressão "ambos os dois", considerada
como pleonasmo vicioso, mas foi muito
usada na linguagem culta e ainda é
considerada por gramáticos como
expressão enfática.
A coluna Periscópio não estava
totalmente errada, pois levou em conta a
pronúncia mais usual na região, mas
pecou por não consultar o dicionário e
por debochar do vereador.
O impasse foi resolvido por pedido de
desculpas e houve compreensão das
partes.
Pleonasmo vicioso
“Cair lá embaixo” é pleonasmo vicioso?
Há várias situações, como:
Situação 1: "O garoto tropeçou e caiu."
Situação 2: "Por favor ajudem! Vejam
aqui! o rapaz caiu lá embaixo!" enquanto
o falante aponta para o local onde está
o rapaz.
O emprego do pleonasmo é aceitável em
situações como as descritas. Sem algum
reforço de sentido, seria muito mais
difícil o entendimento da mensagem.
“Hemorragia de sangue”, “entrar para
dentro”, “sair para fora”, “subir para
cima”, “descer para baixo”, “há anos
atrás” são pleonasmos intoleráveis.
Pisar a grama/ pisar na grama
Não pise a grama — esta é a
construção correta, segundo a gramática
tradicional. Mas o uso "Não pise na
grama" está consagrado. Para efeitos de
concurso e textos formais, use a
primeira.
Plural das palavras terminadas em -ão
O plural de palavras terminadas em -ão
varia conforme a forma latina da palavra
que lhe deu origem. Isso porque a
terminação em português é resultado do
desenvolvimento de três terminações
latinas, que tiveram o sinal de
nasalação da letra (o til) em
substituição da letra n: "-ane", "-anu"
e "-one", que respectivamente acabaram
no plural em -ães, -ãos e -ões.
Assim, temos os exemplos:
Cão (em latim “cane”) – cães
Pão (em latim "pane") – pães
Mão (em latim "manu") – mãos
Tradição (em latim “traditione”) –
tradições
Em relação à palavra ancião, que tem
origem no francês antigo "ancien", o
dicionário Aurélio registra três
possibilidades para o plural: anciãos,
anci-ães e anciões (Prof. Amílcar Caffé)
Plural de tributos e partes do
corpo
Ronaldo Costa, consultor de língua
portuguesa da Editora Abril, abordou na
revista Nova Escola, setembro 2000, a
questão do plural inadequado.
Veja alguns casos:
1) “O Último Ano do Resto de Nossas
Vidas” – título do filme de Joel
Schumacher, 1985;
2) “Eu preciso aceitar que não dá mais
pra separar as nossas vidas” – trecho de
música de Chitãozinho e Xororó;
3) “Salve o Corinthians/ O campeão dos
campeões/ Eternamente/ Dentro dos nossos
corações” – hino do Timão.
4) “Ainda não se sabe quem atirou nos
rapazes, nem o motivo de suas mortes” –
trecho de reportagem da Folha de São
Paulo.
Atributos e partes do corpo que são
únicos em cada indivíduo, não se pode
colocar no plural. A pessoa só tem uma
cabeça, uma vida, uma consciência.
Nos três primeiros exemplos citados
acima, o pronome possessivo (nosso)
devia ficar no singular. No hino do
Corinthians, o autor quis rimar
“campeões” com “corações”, portanto usou
a chamada licença poética.
Na última frase, uma alteração
resolveria o problema: “... nem o motivo
da morte deles”. Como afirma o professor
Ronaldo Barbosa: “Afinal de contas, só
se morre uma vez”.
Pobríssimo ou paupérrimo
Pobríssimo e paupérrimo são superlativos
absolutos sintéticos do adjetivo pobre,
portanto pode-se utilizar um ou outro. O
primeiro é mais popular; o segundo é
chamado erudito, pois advém de radical
latino.
Põe e Põem
Põe – 3ª pessoa do singular do
presente do indicativo (ele/ela – você)
Põem – 3ª pessoa do plural do presente
do indicativo (eles/elas –vocês)
Pôr e puser
Quando se usam as formas pôr e puser?
Está certa a frase seguinte: Se eu pôr o
copo na mesa, não mexa nele.
Resposta: Se o verbo estiver numa oração
temporal (introduzida pela conjunção
“quando”) ou condicional (introduzida
pela conjunção “se”), “pôr” assume a
forma “puser” do futuro do subjuntivo. O
mesmo acontece com os verbos derivados:
depor, compor, impor, decompor,
recompor.
Assim, a forma verbal correta seria “Se
eu puser o copo na mesa, não mexa nele”.
Exemplos:
... quando eu depuser.. (depor)
... se ele compuser... (compor)
... se ele impuser... (impor)
.... quando e decompuser... (decompor)
.... se ele recompuser.... (recompor)
Por que o porquê é tão difícil?
Nenhuma dificuldade. É só aprender as
regrinhas abaixo, que já deram polêmica
entre os gramáticos. Hoje há uma certa
unanimidade no emprego das regrinhas
abaixo, que são também do Pequeno
Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa (de 1943). Rocha Lima, em sua
"Gramática Normativa da Língua
Portuguesa", edição de 1972, por
exemplo, considera que a grafia do
advérbio interrogativo seja "porquê?",
só admitindo o porquê separado quando o
quê for pronome adjetivo, como na frase
"Por que assuntos te interessas no
momento?"
Por que
*Nas interrogações diretas.
Exemplo: Por que o nomearam?
*Quando der para substituir por "pelo
qual".
O ideal por que (pelo qual) lutamos é
nobre.
As razões por que (pelas quais) nos
speramoas foram várias.
* Quando vem expressa ou subentendida a
palavra "motivo" (interrogação
indireta).
Exemplo: Quero saber por que (motivo)
elas não apareceram.
Por quê?
*No caso de interrogações diretas ou
indiretas, no fim da oração
Exemplo: Nomearam-no por quê?
Elas não apareceram nei por quê.
*Conclusão: Toda vez que o porquê
corresponder a uma pergunta, ele será
separado, com ou sem acento.
Porque
(conjunção)
*Nas explicações (respostas).
Exemplos: Não fiz porque não quis.
* Para indicar uma causa.
Exemplos: Não fiz porque estava
viajando.
* Indicando finalidade.
Exemplo: Ela se esforça porque a
admirem.
Porquê
Quando é substantivo, significando
motivo ou palavra.
Exemplo: Já sei o porquê disto.
Não apresentou nenhum porquê.
Quê?
* Referindo-se à letra "q".
Exemplo: Esta palavra se escreve com
quê.
* Na exclamação.
Exemplo: Quê! é mentira!
* No final da oração:
Exemplo: Fazer o quê!
* Substantivo, significando jeito,
modos.
Exemplo: Você tem uns quês de gênio.
Porcentagem - concordância
Concordância verbal com
sujeito-porcentagem
Eis as recomendações de Josué Machado em
seu "Manual da Falta de Estilo":
1- Quando o sujeito-porcentagem aparece
desnudo, sem acompanhantes, o verbo
concorda com o número:
"Cem por cento roubam o povo."
"Um por cento paga o pato."
"Noventa por cento são safados."
2- Se o sujeito-porcentagem vem
acompanhado de partitivo, o verbo
concorda com o partitivo:
"Noventa e nove por cento do STF aplica
bem a justiça."
"Um por cento dos juízes aplicam bem a
justiça."
3- Se o partitivo vier antes da
porcentagem, a concordância se fará com
o número:
"Do Congresso, 10% adoram o delicioso
cheiro do povão."
"Dos congressitas, 1% merece confiança."
4- Se o verbo vier antes da percentagem,
a concordância se fará com o número:
"Leva a breca 1% dos honrados
congressitas."
"Levam a breca 70% do Congresso."
5. Se a porcentagem vier qualificada ou
determinada, a concordância se fará com
o número e também, é claro, com a
determinação ou a qualificação:
"Aqueles 97% do Supremo adoram ministrar
a justiça justíssima."
"O restante 1% dos congressitas não
rouba o povão."
Posto que
Diz Domingos Paschoal Cegalla em seu
Dicionário de Dificuldades da Língua
Portuguesa, Editora Nova Fronteira, no
verbete "Posto que": uma locução
equivalente de ainda que, se bem que,
embora: Era o primeiro a entrar no
jardim, pisava firme, posto que
cauteloso." (Carlos Drummond de
Andrade). "Posto que estivesse mais ou
menos a par da situação, Emília, vendo a
irmã em tal estado, começou também a
oferecer resistência." (Ciro dos Anjos).
"Abismo sem fundo e caldo quente são
expressões aceitáveis, posto que
redundantes em face da etimologia"
(Mário Barreto). Esta locução não tem o
sentido de porque, visto que. Não serve,
portanto, para exprimir ideia de causa.
Prá e pró
Pró, prá, prós, prás, contração de pra
(redução de para) com o o, a, os, as,
quer sejam artigos, quer pronomes.
É bom esclarecer que só se dever servir
dessa grafia, quando a pessoa quiser
representar a pronúncia popular. Ex.
Isto é pró (para o) meu pai.
Este dinheiro é prós (para os) que me
ajudaram.
Não há nenhum absurdo, porque o acento
grave serve para indicar o fenômeno da
crase.
Precatório. O que é?
Um leitor me telefonou para saber o
sentido da palavra precatório,
tão em voga no momento. Dei-lhe as
explicações resultantes de leituras de
jornal. Depois fiz uma pesquisa mais
sistemática.
Precatório é uma palavra cognata
(da família) de precaver, precaução.
Precatórios são ordens emitidas por
juízes e tribunais para que municípios,
estados e federação paguem indenizações
para pessoas físicas e jurídicas.
A Constituição de 5 de outubro de 1988
proibiu estados e municípios de criarem
dívidas novas com emissão de títulos.
Mas a Carta abriu uma exceção: eles
poderiam emitir títulos públicos para
pagar precatórios pendentes até aquele
dia (5/10/1988). Títulos públicos são
papéis vendidos no mercado por governos
para arrecadar dinheiro.
A irregularidade da Prefeitura de São
Paulo, por exemplo, é que só havia R$24
milhões de precatórios sujeitos ao
pagamento, mas o prefeito pediu
autorização para o Senado para emitir
R$600 milhões.
Na venda destes títulos no mercado é que
houve desonestidade, corretoras e bancos
ganharam dinheiro às custas dos cofres
públicos com o beneplácito de prefeitos
e governadores.
Prefeitável ou prefeiturável
Nenhuma é encontrada no
Aurélio, mas as duas são uma adaptação
do termo "presidenciável". Diz o Aurélio
que a palavra presidenciável vem de
"presidenciar (presidente + ar, seguindo
o padrão analógico) + -vel".
Neste caso, o certo (se é que podemos chamar assim, por se tratar de um neologismo) seria "prefeiturável" - "prefeiturar (prefeito + ar, seguindo o padrão analógico) + -vel".
Prefeiturável (dicionário Aulete) ou prefeitável (dicionário Houaiss) têm como sentidos a pessoa que pode se candidatar a prefeito ou tem possibilidade de se eleger para prefeito. Os dicionários Aurélio e Michaelis não apresentam os verbetes. O internauta tem razão, quando analisa o neologismo por analogia a presidenciável. Se presidenciável vem de presidência, então é lógico que a forma mais coerente do neologismo é a apresentada pelo dicionário Caldas Aulete: prefeiturável, em vez de prefeitável. Embora Aulete e Houaiss apresentem prefeiturável e prefeitável respectivamente, não contêm os verbetes presidenciar, prefeiturar e prefeitar.
“Mas qual é a correta?”. As duas formas estão dicionarizadas, inclusive “prefeitável”, que é a forma mais popular. Para o sistema linguístico, a forma mais correta é “prefeiturável”.
Prefeitura ou prefeitura municipal?
O verbete “prefeitura” no dicionário
Houaiss afirma que se trata de prédio da
administração municipal onde fica o
gabinete do prefeito.
Embora as prefeituras de municípios
ostentem o adjetivo municipal, há uma
tendência no jornalismo a não usar
“prefeitura municipal”, pois seria uma
redundância, porque prefeitura já quer
dizer um órgão da administração de um
município. Mas há outro senão: existem
as prefeituras das cidades
universitárias, portanto há
controvérsia.
O manual de redação do jornal O Estado
de São Paulo recomenda a seus
jornalistas que usem apenas
“prefeitura”, sem o adjetivo
“municipal”.
Isso mostra que não se pode assumir uma
atitude dogmática a respeito, pois se há
prefeituras nas cidades universitárias,
e elas não são municipais. Usar
“prefeitura municipal” não constitui,
portanto, pleonasmo vicioso tão gritante
como querem alguns.
Premia ou premeia?
Qual forma está correta? Premia ou
premeia (verbo premiar)?
Em se tratando de verbos terminados por
“iar”, a norma é apresentarem “ia” na
terceira pessoa do singular do presente
do indicativo. A resposta certa é
“premia”.
Exemplos: variar/ ele varia,
negociar/ele negocia.
Existem, porém, cinco verbos terminados
por “iar” que apresentam “eia” na
terceira pessoa do singular do presente
do indicativo:
mediar/ele medeia, ansiar/ele anseia,
remediar/ele remedeia, incendiar/ele
incendeia, odiar/ele odeia.
É fácil memorizar esses cinco verbos:
basta perceber que se juntando as letras
iniciais de todos eles, forma-se a
palavra MÁRIO.
Preposições (duas)
Quantas vezes ouvimos locutores
esportivos dizerem erroneamente:
Rivaldo chutou a bola por sobre o
travessão.
Denílson passou a bola por entre as
pernas do zagueiro.
Não há necessidade de usar duas
preposições juntas, isso constitui erro.
Basta pôr uma preposição:
Rivaldo chutou a bola sobre o travessão.
Denílson passou a bola entre as pernas
do zagueiro.
Presidenta
A forma feminina presidenta,
embora tida como neologismo, parece já
consagrada por força do uso. É defendida
por Evanildo Bechara, Celso Cunha,
Cegalla e Rocha Lima, e já está
registrada no Vocabulário Oficial. Mas a
palavra presidente continua a ser
registrada como palavra de dois gêneros,
ou seja, pode-se dizer, sem medo de
erro, o presidente e a presidente.
Portanto, o tratamento “senhora
presidenta” é tido como correto, ao lado
de “senhora presidente”.
Princípio: "A princípio" e "Em princípio"
A princípio significa
inicialmente, no começo; em princípio
significa teoricamente, em tese, em
termos, de um modo geral. Exemplos:
Toda sociedade é, a princípio, uma
verdadeira maravilha. Depois, bem,
depois é o fim...
Em princípio, sou favorável ao
casamento.
Professor concorda
Em aditamento ao texto de vocês, se
seria correto dizer-se penalizado ou
punido, o qual foi editado neste portal,
queria acrescentar um comentário, que
não elide o acerto do leitor que abordou
este assunto. Realmente, penalizado é
aquele que sentiu dó, comiseração ou
pena de alguém, enquanto que punido é o
que sofreu uma puniação ou castigo por
algo de errado que haja feito. Ocorre
que, hoje em dia, nota-se o uso
equivocado do verbo penalizar como se
fosse sinônimo de punir. O uso é errado
mas explicável: é que o vocábulo pena em
português (do latim poena) igualmente é
sinônimo de penalidade ou sanção
aplicável a quem transgride uma norma
legal ou administrativa. Daí o equívoco
de considerar-se penalizado o que
transgrediu uma norma (no sentido de
penalidade). O correto seria usar o
neologismo apenar, este sim significando
aplicar uma pena (no sentido de punição
ou penalidade) como equivalendo ao verbo
punir. Penalizado, portanto, refere-se a
pena somente no sentido de dó ou
comiseração (fiquei penalizado com o
fato), enquanto que ao uso de pena como
punição dever-se-ia aplicar apenas os
verbos punir ou apenar.
Propositalmente ou propositadamente?
O adjetivo proposital é
registrado nos dicionários, por isso não
se pode chamar de erro o uso do advérbio
propositalmente, formado a partir
desse adjetivo, conforme o professor
Odilon Soares Leme.
O adjetivo propositado tem duas acepções. Pode significar adequação, oportunidade ou intencionalidade. A expressão observação propositada significa que ela é adequada, vem a propósito, é oportuna. Quando se fala de uma ação ou atitude propositada, o sentido é intencional, portanto criou-se o adjetivo proposital para indicar a ideia de intencionalidade.
Essa discussão tem cem anos, quando houve uma polêmica entre o professor Carneiro Ribeiro e Rui Barbosa. Ambos concordaram em que proposital e propositalmente eram neologismos condenáveis e concordaram em que "as regras da analogia não autorizam a formação de semelhante neologismo".
Por causa disso, até hoje há quem condene o emprego dessas palavras, sugerindo que se dê preferência às formas propositado e propositadamente. Há um purismo exagerado nessa posição.
Pombas ou pombos
O português generaliza pelo
masculino. Exemplo: Os homens são
mortais. As mulheres estão inclusas. Há
certos animais cuja generalização
acontece no feminino. Exemplo: Criar
galinhas é uma atividade rendosa. Outro
exemplo: As pessoas alimentam as pombas
na praça. Entre as fêmeas, estão também
os machos.